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Netanyahu traça paralelos entre sua operação em Gaza e a dos EUA na Segunda Guerra Mundial

O primeiro-ministro israelense falou sobre as pesadas perdas entre a população palestina, afirmando que "é isso que acontece" quando alvos militares são escondidos em áreas civis.
Netanyahu traça paralelos entre sua operação em Gaza e a dos EUA na Segunda Guerra MundialAP / Abir Sultan / Pool Photo

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira que há um paralelo entre a operação de seu país na Faixa de Gaza e as ações dos EUA na Segunda Guerra Mundial.

"Perguntei a um grande historiador militar de West Point, e ele me disse que o único paralelo que poderia fazer era a batalha de Manila [em 1945]", expressou o chefe de Governo israelense em entrevista à Merit Street Media, observando semelhanças nos dois conflitos, como reféns e túneis subterrâneos.

"A [operação] foi menor do que a que temos em Gaza, mas os americanos lutaram, e lutaram bravamente, e acabaram derrotando os japoneses, mas acabaram matando 100.000 civis", acrescentou Netanyahu, explicando que "isso é o que acontece" quando os alvos do ataque estão escondidos em áreas civis.

Ele disse que a proporção de civis mortos no enclave palestino é "muito menor", já que Tel Aviv está fazendo "esforços incríveis" para fazer com que os moradores deixem a área, por exemplo, emitindo folhetos com instruções. De acordo com a agência de notícias palestina Wafa, o número de pessoas mortas desde 7 de outubro é de mais de 34.900, a maioria crianças e mulheres.

A operação israelense em Rafah

Comentando sobre os êxitos militares do país judeu na Faixa de Gaza, Netanyahu disse que Israel destruiu cerca de 20 batalhões do Hamas de um total de 24, acrescentando que os últimos quatro estão na cidade de Rafah, que tem servido de refúgio para milhares de civis palestinos deslocados.

No início do dia, o presidente dos EUA, Joe Biden, alertou o primeiro-ministro israelense que suspenderá o apoio militar se a operação em Rafah continuar. Nesse contexto, Netanyahu disse que espera que ele e Biden superem todas as divergências e cheguem a um consenso sobre a guerra no enclave.

"Conheço Joe Biden há muitos anos, 40 anos ou mais, e sempre tivemos acordos. Embora tenhamos tido discordâncias, conseguimos superá-las", comentou Netanyahu, acrescentando que, de qualquer forma, ele fará tudo para proteger seu país. "Isso significa que derrotaremos o Hamas, inclusive em Rafah. Não temos outra opção", enfatizou.