Robert Kennedy Jr, sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy e candidato independente à presidência dos EUA, defendeu que o Governo não deve ter o direito de estabelecer limites ao direito ao aborto durante sua participação em um programa de podcast na quarta-feira.
"Mesmo se for no período integral [de gestação]", respondeu Kennedy à entrevistadora quando perguntado sobre os limites da sua convicção de que ''devemos deixar isso para as mulheres, não devemos envolver o Governo".
Apesar das declarações, o candidato deixou claro considerar que todos os casos de aborto "são uma tragédia". Ele também prometeu, se eleito, baratear os custos da criação de um filho, com o objetivo de reduzir a pressão sobre as mulheres que consideram realizar o procedimento em razão de motivos financeiros.
O posicionamento de Kennedy surpreendeu Nicole Shanahan - sua escolhida para a vaga de vice-presidente na chapa. "Meu entendimento é que ele definitivamente acredita em limites ao aborto, e nós conversamos sobre isso. Eu não considero, não sei de onde veio isso. (...) Deve ser um problema de comunicação", declarou ela quando perguntada se concordava com a opinião do candidato.
Ao longo de sua vida pública, Kennedy demonstrou um posicionamento contrastante e ambíguo em relação ao direito ao aborto. Em agosto de 2023, o ambientalista declarou que assinaria uma lei banindo a prática em nível federal após três meses de gestação.