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Ministro israelense celebra aprovação da pena de morte para palestinos

"A lei da pena de morte não é apenas um passo moral e justo, mas também fundamental para a segurança do Estado", declarou Ben Gvir, cujo partido de extrema-direita promoveu a medida.
Ministro israelense celebra aprovação da pena de morte para palestinosredes sociais

O Knesset (parlamento de Israel) aprovou na segunda-feira (10) um controverso projeto de lei que autorizando a pena de morte para "terroristas".

A medida poderá ser aplicada a palestinos acusados de ataques mortais contra israelenses.

Após a aprovação em primeira instância, com 39 votos a favor e 16 contra, o ministro da Segurança Nacional, o ultradireitista Itamar Ben Gvir - cujo partido Poder Judeu impulsionou a medida - começou a distribuir "baklava"(sobremesa de origem turca) e os presentes.

A distribuição desta iguaria típica da região já foi observada em ruas palestinas como forma de celebração por ataques contra Israel, e no país judeu o doce está associado a esse tipo de comemoração, conforme registrado pelo The Times of Israel.

O que estabelece a polêmica lei?

A emenda determina que a pena capital será aplicada a quem matar israelenses por "racismo" e "com o objetivo de prejudicar o Estado de Israel e o renascimento do povo judeu em sua terra".

Isso gerou críticas sobre a possibilidade de a lei ser usada contra árabes, mas não afetar terroristas judeus.

"A lei da pena de morte não é apenas um passo moral e justo, mas também fundamental para a segurança do Estado", alegou Ben Gvir.

Embora a pena de morte exista formalmente na legislação israelense, só foi aplicada uma vez, em 1962, no caso do oficial nazista Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto. No entanto, tecnicamente é permitida em casos de alta traição e sob certas circunstâncias da lei marcial dentro das Forças Armadas.

Espera-se que o projeto de lei aprovado seja encaminhado a uma comissão para preparação para duas leituras finais, necessárias para sua aprovação definitiva.