O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou assimetrias entre Norte e Sul Global e fez um apelo para que os países cumpram seus compromissos. As declaraões foram feitas nesta segunda-feira (10), na cerimônia de abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA).
"Uma tradição justa precisa contribuir para reduzir as assimetrias entre o norte e o sul global", disse Lula.
O presidente destacou ainda que a emergência climática é uma crise de desigualdade. "Ela expõe e exacerba o que já é inaceitável. Ela aprofunda a lógica perversa que define quem é digno de viver e quem é digno de morrer", declarou.
Ele fez um apelo para que os países cumpram seus compromissos: "Isso significa formular e implementar as contribuições nacionalmente determinadas ambiciosas, assegurar financiamento, transferência de tecnologias e capacitação aos países em desenvolvimento e dar a devida atenção, adaptação aos efeitos da mudança do clima".
Pessoas no centro da agenda climática
O presidente conclamou ainda os líderes mundiais acelerar a agenda climática:
"Precisamos do mapa do caminho para que a humanidade, de forma justa e planejada, supere a dependência dos combustíveis fósseis, reverta o desmatamento e mobilize os recursos para este fim", sublinhou.
Lula pediu que a comunidade internacional a coloque as pessoas no centro da agenda climática, destacando que o aquecimento global pode empurrar milhões de pessoas para a fome e a pobreza, fazendo retroceder décadas de avanço.
"O desalento não pode extinguir a esperança da juventude. Devemos aos nossos filhos e aos nossos netos a oportunidade de viver em uma terra onde seja possível sonhar", ressaltou.