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'Ucrânia não pode vencer?': Trump pergunta e primeiro-ministro húngaro responde

O presidente dos EUA recebeu Viktor Orbán na Casa Branca; conflito no leste europeu deverá ser pauta principal do encontro.
'Ucrânia não pode vencer?': Trump pergunta e primeiro-ministro húngaro respondeGettyimages.ru / Roberto Schmidt

A Ucrânia só poderia vencer o conflito com a Rússia se ocorresse um milagre, afirmou nesta sexta-feira (7) o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

O premiê húngaro foi recebido hoje na Casa Branca para um almoço conjunto com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o qual os dois conversaram com jornalistas. Uma das perguntas foi a respeito dos esforços para pôr fim ao conflito russo-ucraniano.

Orbán agradeceu os "enormes esforços" pela paz despendidos por Trump, que ele classificou como "muito positivos para o continente europeu e para todos os povos da Europa". Ao mesmo tempo, lamentou a falta de união dentro da Europa "porque Bruxelas e os europeus têm uma abordagem diferente da guerra".

"Os únicos governos a favor da paz são os Estados Unidos e a pequena Hungria na Europa. De qualquer forma, todos os outros governos preferem continuar com a guerra, porque muitos deles acham que a Ucrânia pode vencer no front, o que é um equívoco. Portanto, trata-se de um assunto complicado", explicou o premiê húngaro.

Foi quando Trump perguntou: "Então, você diria que a Ucrânia não pode vencer essa guerra?"

"Sabe, milagres podem acontecer", respondeu Orbán.

"Sim. É verdade", disse Trump.

O presidente americano, por sua vez, ofereceu uma espécie de previsão sobre quando o conflito poderia chegar ao fim.

"Acho que concordamos que a guerra vai acabar. Às vezes, as pessoas precisam lutar um pouco mais, mas acho que concordamos que a guerra vai acabar em um futuro não muito distante", afirmou.

Orbán afirmou que tem "algumas ideias" as quais deverá compartilhar com o presidente dos EUA.

Trump afirmou que "herdou um desastre", mas que isto está sendo resolvido, e que o conflito "deveria ter durado uma semana" ou "nunca ter começado", além dos "erros terríveis que foram cometidos muito antes" de ele chegar.

"E eu teria resolvido o problema sem abrir mão de nada. A Ucrânia teria continuado como estava", garantiu.