O governo do México criticou o Congresso do Peru por declarar, nesta quinta-feira (6), a presidente mexicana Claudia Sheinbaum "persona non grata", argumentando que a decisão foi "motivada por alegações falsas".
"O México não interveio de forma alguma nos assuntos internos do Peru, mantendo-se fiel aos seus princípios de política externa e à sua sólida tradição diplomática", lê-se em um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores mexicano.
A chancelaria mexicana ressaltou que o asilo político concedido à ex-presidente do Conselho de Ministros do Peru, Bettsy Chávez, "foi decidido em estrita conformidade com o direito internacional aplicável ao tema", o qual "é vinculante" para ambos os países.
"A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que o asilo político é um ato pacífico e humanitário, que não pode ser considerado inamistoso por nenhum outro Estado", lembrou o ministério.
O Congresso do Peru tornou Sheinbaum "persona non grata" nesta nesta quinta-feira (6). Os parlamentares consideraram "grave" sua defesa do ex-presidente peruano Pedro Castillo, preso preventivamente desde dezembro de 2022, quando tentou dissolver o Parlamento.