
Moraes rejeita pedido de avaliação médica de Bolsonaro e aliados criticam possível prisão na Papuda

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que não é o momento processual adequado para analisar o pedido do Governo do Distrito Federal para que Jair Bolsonaro (PL) passe por uma avaliação médica.
Segundo informou o portal g1, a solicitação, feita pela Secretaria de Administração Penitenciária, buscava verificar a "compatibilidade" do ex-presidente com eventual prisão no Complexo Penitenciário da Papuda. Moraes considerou a demanda "não pertinente" e determinou sua retirada da ação penal que trata do núcleo principal da chamada "trama golpista".
'Insanidade'
Em entrevista à Revista Oeste, o senador Flávio Bolsonaro reagiu com indignação à possibilidade de o pai cumprir pena na Papuda.
"Essa farsa que foi capitaneada pelo Alexandre de Moraes ao longo de todo esse processo tem todas as nulidades, absurdos, atrocidades juntas em um único documento", afirmou. O parlamentar classificou a condução do caso como "uma insanidade" e disse que "o tempo vai reparar essa injustiça". Flávio também questionou a segurança e as condições de saúde do ex-presidente.

"Vai colocar o ex-presidente da República, que tem problemas de saúde, em um local onde certamente ele vai ter muito mais dificuldade com o seu tratamento de saúde", disse.
Segundo o senador, se concretizada a possibilidade de cumprimento de pena na Papuda, Bolsonaro seria enviado a um "covil de marginais".
"Se ele [Moraes] está pensando em colocar um ex-presidente da República que não roubou ninguém, que não cometeu crime nenhum, dentro de um presídio de segurança máxima (...), ele vai colocar uma pessoa que não fez absolutamente nada de errado em um covil de marginais perigosos", afirmou.
A jornalista e ex-candidata à Prefeitura de Curitiba Cristina Graeml também criticou a decisão. Em publicação na rede social X, classificou a medida como "desumana".
"Moraes mandou retirar pedido de laudo médico da ação contra o Presidente Bolsonaro alegando 'falta de pertinência'. Como pode ser ignorado o estado de saúde de um homem de 70 anos, que foi esfaqueado e já passou por diversas cirurgias? Além de desarrazoada, essa determinação é desumana!", escreveu.
