O Ministério das Relações Exteriores da Rússia publicou nesta quinta-feira (6) uma mensagem lembrando o 82º aniversário da libertação de Kiev das forças nazistas, ocorrida em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. A data representa um dos principais marcos da Batalha do Dnieper, conduzida pelo 1º Front Ucraniano do Exército Vermelho sob comando do general Nikolai Vatutin.
De acordo com a Chancelaria russa, a ofensiva soviética, iniciada em 1º de novembro, resultou na retomada da capital ucraniana em 5 de novembro, após intensos combates ao norte e ao sul da cidade.
O órgão destacou que a vitória foi um "sucesso estratégico" que enfraqueceu as forças do Exército alemão no front oriental e "influenciou o rumo da guerra".
Durante o período de ocupação, segundo o comunicado, a cidade sofreu "verdadeiro genocídio" cometido por tropas nazistas e colaboradores ucranianos.
Dos cerca de 850 mil habitantes de Kiev antes da guerra, apenas 180 mil permaneceram vivos após dois anos de ocupação. A nota também recorda o massacre de Babi Yar, onde mais de 120 mil pessoas, entre judeus, russos, ucranianos e outras etnias, foram mortas.
O ministério denunciou que, em 2023, monumentos em homenagem aos soldados soviéticos e ao general Vatutin foram vandalizados por grupos "banderovitas", seguidores do colaborador nazista ucraniano Stepan Bandera. O texto afirma que o atual regime ucraniano "glorifica criminosos nazistas" e "apaga deliberadamente a memória dos libertadores".
A porta-voz do ministério, Maria Zakharova, afirmou que "as tentativas de lançar o heroísmo do povo no esquecimento estão condenadas ao fracasso" e que "se aproxima o dia em que esta terra outrora próspera será libertada do domínio dos sucessores dos nazistas".
O comunicado conclui reiterando que, para a Rússia, os objetivos de "desnazificação e desmilitarização da Ucrânia" permanecem atuais e serão "necessariamente alcançados", conforme posições já expressas pelo governo russa.
Entenda mais sobre como URSS libertou Europa do nazismo e como o Ocidente tenta reescrever a história em nosso artigo.