Diante de líderes globais, Lula defende superação de divergências no combate às mudanças climáticas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou nesta quinta-feira (6), em discurso na plenária de líderes da Cúpula do Clima de Belém, a necessidade de superar as divergências entre os países e alcançar avanços concretos no combate às mudanças climáticas.

"As convergências já são conhecidas. Nosso objetivo será enfrentar as divergências. Nós, líderes, podemos e devemos discutir tudo, para além dos muros da Convenção. As palavras ditas aqui serão a bússola da jornada a ser percorrida por nossas delegações nas próximas duas semanas" enfatizou, diante de lideranças de todo o mundo.

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Nesse sentido, o mandatário denunciou a atuação de "forças extremistas" que mentem para "obter ganhos eleitorais" e manter as próximas gerações presas em "um modelo ultrapassado que perpetua disparidades sociais e econômicas e degradação ambiental".

Lula ressaltou a importância do BRICS, que defende o financiamento climático, a capacitação e a transferência de tecnologias como pilares centrais, além de mecanismos como o Acordo de Paris, que respeita "o protagonismo de cada país na definição de suas próprias metas, de acordo com suas capacidades nacionais".

"Provamos que a mobilização coletiva gera resultados. Mas o regime climático não está imune à lógica de soma zero que tem prevalecido na ordem internacional. Em um cenário de insegurança e desconfiança mútua, interesses egoístas imediatos preponderam sobre o bem comum de longo prazo", prosseguiu, emendando críticas aos dados alarmantes sobre o aumento das temperaturas, secas, enchentes e furacões.

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Ao concluir, o presidente conclamou o mundo a "abraçar um novo modelo de desenvolvimento mais justo, resiliente e de baixo carbono". "Espero que esta Cúpula contribua para empurrar o céu para cima e ampliar nossa visão para além do que enxergamos hoje", encerrou.

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