A gigante russa do gás Gazprom entregou um volume diário recorde de gás à China através do gasoduto Força da Sibéria. O fornecimento excedeu os volumes contratados pela empresa chinesa CNPC, informou a fornecedora na quinta-feira (6).
"Este é o nono recorde desde que o fornecimento através do gasoduto Força da Sibéria atingiu o nível máximo contratual em 1º de dezembro de 2024", diz um trecho da nota.
Segundo dados divulgados em setembro deste ano pelo CEO da Gazprom, Alexey Miller, após a implementação de diversas novas rotas de exportação para a China, a Rússia poderá manter seu volume total anual de fornecimento ao seu vizinho asiático em 106 bilhões de metros cúbicos.
"Este é um volume significativo, mas não vamos parar", acrescentou.
O diretor da empresa enfatizou que a construção do novo gasoduto Força da Sibéria 2 é um evento fundamental para o futuro, enquanto a capacidade do gasoduto Força da Sibéria 1 existente atingirá 44 bilhões de metros cúbicos por ano.
A 19ª rodada de sanções contra Rússia, adotada pela União Europeia em 23 de outubro, inclui uma série de medidas adicionais contra a China e uma dúzia de suas empresas, principalmente relacionadas às importações de energia da Rússia.
Enquanto isso, os Estados Unidos impuseram sanções contra duas importantes empresas petrolíferas russas: Lukoil e Rosneft. O presidente Donald Trump classificou essas restrições como "enormes", mas acrescentou que esperava que "elas não durassem muito".
Em setembro, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que Washington poderia cooperar com países europeus para impor sanções adicionais contra países que compram petróleo russo, em uma tentativa de "colapsar" a economia russa.
Para Moscou, o novo pacote de sanções representa um "passo completamente contraproducente".
"Se o atual governo dos EUA seguir o exemplo de seus antecessores [o governo Biden], que tentaram forçar ou coagir a Rússia a renunciar aos seus interesses nacionais por meio de sanções ilegítimas, o resultado será exatamente o mesmo: um fracasso do ponto de vista político doméstico e negativo para a estabilidade da economia global", alertou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.