A economia alemã encontra-se em um cenário de crise de mão de obra para 2026, com uma em cada três empresas planejando cortar postos de trabalho no próximo ano, segundo pesquisa recente do Instituto Alemão de Economia (IW).
Enquanto 36% das empresas preveem redução de vagas, apenas 18% esperam criar novos postos de trabalho. No setor industrial, o percentual de vagas que podem ser reduzidas sobe para 41%.
A estagnação do PIB no terceiro trimestre e os altos custos energéticos pressionam especialmente o setor da indústria, afetado também por tensões geopolíticas e perda de competitividade. Um terço das empresas deve reduzir os orçamentos de investimento em 2026.
A montadora ZF planeja adiar aumentos salariais e eliminar 7.600 vagas no ramo de propulsão elétrica até 2030, enquanto a Webasto, fornecedora de componentes, cortará quase mil postos de trabalho na Alemanha. As associações empresariais exigem reformas estruturais para reverter a crise.
"Sem reformas governamentais, torna-se cada vez mais improvável que os programas especiais multibilionários do governo federal tenham o efeito esperado e necessário", afirmou Michael Grömling, especialista em economia do IW.
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