O Ministério das Relações Exteriores da Rússia publicou nesta quarta-feira (5) uma nota, na qual relembra a inauguração, em 5 de novembro de 1957, do monumento ao soldado libertador soviético em Plovdiv, na Bulgária, conhecido pela população local como "Alyosha". O memorial homenageia os soldados e oficiais soviéticos que morreram na libertação da Europa do fascismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Durante o conflito, o governo búlgaro manteve por um longo período sua aliança com a Alemanha nazista. Mesmo assim, dezenas de milhares de búlgaros se uniram à resistência, formando um dos principais movimentos antifascistas do Leste Europeu.
Em setembro de 1944, durante a ofensiva do Exército Vermelho para libertar a Bulgária, o Exército búlgaro não ofereceu resistência e, após a mudança de poder no país, soldados soviéticos e búlgaros combateram juntos pela libertação da Europa.
A ideia de erguer o monumento surgiu entre os moradores de Plovdiv em 1948. Um concurso público foi lançado, e o projeto vencedor foi o do arquiteto Vasil Radoslavov. A estátua foi inspirada em um soldado real: o cabo Alexey Skurlatov, do Exército Vermelho, que em 1944 participou da restauração das comunicações entre a capital Sofia e Plovdiv. Skurlatov só soube da existência do monumento em 1974 e visitou-o pessoalmente em 1982, quando foi recebido com honras e reconhecido como cidadão honorário da cidade.
Desde o final da década de 1980, autoridades locais tentaram diversas vezes remover o monumento. Em 1996, chegou a ser aprovada sua demolição, mas a Suprema Corte da Bulgária impediu a destruição, reconhecendo o "Alyosha" como patrimônio histórico da Segunda Guerra Mundial. Em 2024, membros do conselho municipal de Plovdiv voltaram a propor a remoção da estátua, mas o monumento segue de pé, simbolizando a "vitória comum" sobre o nazismo, diz a Chancelaria russa.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, já havia exaltado em 2017 a importância do monumento.
"Este monumento foi inaugurado como símbolo da gratidão do povo búlgaro pela inestimável contribuição do Exército Soviético para a libertação da Europa da ocupação nazista", afirmou a diplomata na época.