Poderíamos trabalhar em plano de desnuclearização com Rússia e China, afirma Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (5) que não descarta a possibilidade de cooperação entre seu país, Rússia e China na criação de um plano conjunto de desnuclearização.

Durante o Fórum Empresarial dos EUA em Miami, Trump afirmou que seu país é atualmente a maior potência nuclear.

"Rússia é a segunda. A China está em um distante terceiro lugar, mas nos alcançará em quatro ou cinco anos", disse, prevendo que Pequim conseguirá igualar os EUA.

Embora Trump tenha sugerido que os EUA possuem o maior arsenal nuclear do mundo, dados do Instituto Internacional de Pesquisa Pela Paz de Estocolmo indicam que a Rússia possui o maior número de armas nucleares em janeiro de 2025, com 4.309 ogivas contra 3.700 de Washington.

Tensões crescentes

Nos últimos dias, Trump havia ordenado a retomada imediata de testes nucleares, argumentando, sem apresentar provas, que países como a Rússia e a China os conduzirem de forma secreta.

Nesta quarta-feira, o Comando de Ataque Global da Força Aérea dos EUA realizou um teste de lançamento do míssil balístico intercontinental Minuteman III a partir da Base Espacial de Vandenberg, na Califórnia.

Poucas horas depois, o presidente Vladimir Putin convocou uma reunião com o Conselho de Segurança de seu país. Nela, classificou os desenvolvimentos como uma "questão séria", e ordenou seu governo a avaliar a viabilidade de preparo para testes nucleares em larga escala.

Durante a reunião, Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior russo, e Andrey Belousov, ministro da Defesa, enfatizaram a necessidade de iniciar "imediatamente" os preparativos para testes nucleares, argumentando que, se Moscou não agir agora, perderá tempo para responder às ações dos EUA.