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Integrantes do CV viajam à Ucrânia para aprender técnicas de terrorismo, aponta investigação

Por diversas vezes, o regime de Kiev realizou ataques contra áreas civis na Rússia; relembre:
Integrantes do CV viajam à Ucrânia para aprender técnicas de terrorismo, aponta investigaçãoReprodução/Redes sociais

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) identificou que integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) estariam sendo enviados à Ucrânia com o objetivo de adquirir conhecimentos em práticas terroristas e ataques armados. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (5) pelo portal Metrópoles, citando fontes da Subsecretaria de Inteligência.

De acordo com as investigações, o "intercâmbio do crime" teria por objetivo aprender "métodos terroristas no país para reproduzi-los em solo brasileiro, principalmente nas comunidades do Rio de Janeiro".

Um dos casos sob apuração é o de Philippe Marques Pinto, de 29 anos. Em gravação, ele mostra lealdade a Antônio Hilário Ferreira, conhecido como Rabicó, apontado como uma das principais lideranças do CV e chefe do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ).

Philippe teria sido enviado neste ano à Ucrânia, onde estaria adquirindo experiência em práticas terroristas de guerra em áreas civis e no uso de armamentos pesados. Segundo registros analisados pela polícia, ele viajou à Europa ao menos três vezes entre 2023 e 2024, sempre fazendo escala em Lisboa, Portugal. Imagens obtidas pelos investigadores mostram o suspeito circulando em território ucraniano.

A Polícia Civil acredita que o traficante permanece no país do Leste Europeu e investiga a possibilidade de outros integrantes da facção estarem participando de treinamentos semelhantes. Ainda de acordo com o Metrópoles, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) vai instaurar inquérito para apurar os fatos e identificar eventuais conexões entre o CV e grupos armados estrangeiros.

"Especialistas" em terrorismo

De acordo com diferentes autoridades, o regime de Kiev vem apostando em ataques contra a população civil como estratégia no conflito ucraniano. Os ataques diários se intensificaram, especialmente após a cúpula entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump no Alasca.

Para Rodion Miroshnik, enviado especial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia para Crimes do Regime de Kiev, forças ucranianas apostam em "aterrorizar a população" para colocar em dúvida a capacidade russa de proteção.

Apesar de a maior parte das vítimas resultar de ataques de drones, sistemas móveis de artilharia de foguetes de alta mobilidade e diferentes tipos de explosivos já foram utilizados contra civis. Em um dos casos mais emblemáticos, trechos de trilhos de trem e de uma ponte sobre a ferrovia nas províncias russas de Bryansk e Kursk foram detonados sob instruções do regime de Kiev.

Saiba mais sobre os ataques da Ucrânia contra civis na Rússia e como isso afeta um possível cessar-fogo em nosso artigo.