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Chefe do Estado-Maior russo: Se não agirmos agora, perderemos tempo para responder às ações dos EUA

Valery Gerasimov advertiu ainda que o tempo de preparação para testes nucleares pode levar meses ou até anos.
Chefe do Estado-Maior russo: Se não agirmos agora, perderemos tempo para responder às ações dos EUASputnik / Gavriil Grigorov

O chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, apoiou a posição do ministro da Defesa, Andrey Belousov, sobre a necessidade de iniciar "imediatamente" os preparativos para testes nucleares, argumentando que, se Moscou não agir agora, perderá tempo para responder às ações dos EUA. Gerasimov fez a declaração em uma reunião nesta quarta-feira (5), com o presidente Vladimir Putin e demais membros permanentes do Conselho de Segurança da Rússia.

"O fato de os Estados Unidos não terem oferecido uma explicação oficial sobre a declaração do presidente Trump a respeito da retomada dos testes nucleares não justifica acreditar que os Estados Unidos não vão começar a se preparar para realizá-los em um futuro próximo", afirmou.

Segundo Gerasimov, "é possível que os Estados Unidos continuem a evitar explicações oficiais, mas isso não muda nada".

"Se não tomarmos as medidas adequadas agora, perderemos a oportunidade de responder prontamente às ações dos Estados Unidos, já que o tempo necessário para se preparar para os testes nucleares, dependendo do tipo, varia entre vários meses e anos", explicou.

O chefe do Estado-Maior russo destacou que a Rússia está ciente das declarações de vários altos funcionários dos EUA a respeito da retomada dos testes nucleares, e que "uma análise dessas declarações indica a determinação de Washington em se preparar para e realizar tais testes".

  • Nesta quarta-feira (5), o Comando de Ataque Global da Força Aérea dos EUA (AFGSC, na sigla em inglês) realizou um lançamento de teste de um míssil balístico intercontinental Minuteman III não armado a partir da base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia.
  • Este é o primeiro teste de mísseis balísticos dos EUA desde os comentários do presidente Donald Trump, que ordenou a realização "imediata" de testes nucleares.
  • A Rússia advertiu repetidamente que, se algum país se afastar da restrição unilateral e voluntária de abster-se de testes nucleares, agirá de acordo com a situação e responderá simetricamente.