
EUA realizam teste com míssil balístico intercontinental Minuteman III

O Comando de Ataque Global da Força Aérea dos EUA realizou um teste de lançamento do míssil balístico intercontinental Minuteman III sem carga explosiva nesta quarta-feira (5) a partir da Base Espacial de Vandenberg, na Califórnia, anunciou a agência.

A base declarou que o teste, designado GT 254, "avaliou a confiabilidade contínua, a prontidão operacional e a precisão do sistema de mísseis balísticos intercontinentais ICBM (míssil balístico intercontinental, na sigla em inglês), considerado um pilar da defesa nacional dos EUA".
Segundo o comunicado, o lançamento foi feito por uma equipe de aviadores utilizando o Sistema de Controle de Lançamento Aéreo (ALCS, na sigla em inglês) a bordo de uma aeronave E-6B Mercury da Marinha dos EUA. O objetivo seria testar a eficácia e a disponibilidade contínua do ALCS, que "funciona como um sistema de comando e controle de reserva para a força de mísseis balísticos intercontinentais".
O lançamento faz parte de "uma série de atividades rotineiras e periódicas essenciais" que servem para "avaliar e validar as capacidades do Minuteman III".
Também foi relatado que o veículo de reentrada do míssil desarmado percorreu aproximadamente 6.760 quilômetros até chegar ao Campo de Testes de Defesa Antimíssil Ronald Reagan, do Comando de Defesa Espacial e de Mísseis do Exército dos EUA localizado no Atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall.
Há pouco mais de um mês, um submarino lançou quatro mísseis balísticos Trident II D5 Life Extension também sem carga explosiva no Oceano Atlântico, próximo à costa da Flórida.
Resposta simétrica
Este é o primeiro teste de míssil balístico dos EUA após os comentários do presidente Donald Trump em 30 de outubro, quando este ordenou o início imediato de testes nucleares.
O anúncio do presidente ocorreu depois que a Rússia relatou uma série de testes com armas inovadoras de propulsão nuclear, como o Burevestnik e o Poseidon, embora o Kremlin tenha enfatizado que não se tratavam de testes nucleares.
No dia seguinte, Trump declarou que tomou a decisão "por causa dos programas de testes de outros países": "Sim, outros países estão fazendo isso. Se eles fizerem, nós também faremos", disse aos repórteres sem dar mais detalhes.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que seu país não está ameaçando ninguém, mas sim "desenvolvendo seu potencial nuclear, como anunciado", assim como todas as outras potências nucleares.
O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, enfatizou que a posição de Moscou sobre o assunto é que, se algum país se desviar da suspensão unilateral e voluntária sobre testes nucleares, a Rússia agirá de acordo e responderá simetricamente.

