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Rússia desmente declarações de Zelensky sobre situação em importante cidade

O líder do regime de Kiev "perdeu completamente o contato com a realidade" e "não tem controle sobre a situação operacional no terreno", afirmou o Ministério da Defesa russo.
Rússia desmente declarações de Zelensky sobre situação em importante cidadeGettyimages.ru / Nicolas Economou / NurPhoto

O Ministério da Defesa da Rússia declarou falsas as afirmações do líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, de que as forças armadas do país estariam realizando uma "limpeza" dos "60 russos" restantes na cidade de Kupiansk.

Zelensky "perdeu completamente o contato com a realidade e, ouvindo os relatórios falsos de [Alexander] Syrsky, comandante-em-chefe das Forças Armadas ucranianas, não tem controle sobre a situação operacional no terreno", afirmou o ministério.

O comunicado acrescenta, no entanto, que pode ter ocorrido o contrário: Zelensky compreenderia o "desespero da situação e a verdadeira posição das Forças Armadas Ucranianas em Kupiansk" e tentaria ocultá-la.

"Por essa razão, ao custo da morte desonrosa de milhares de soldados ucranianos nos 'caldeirões' [cercos], ele está tentando até o último momento esconder a verdade do povo ucraniano e de seus patrocinadores ocidentais, a fim de continuar lucrando com os fundos destinados à guerra contra a Rússia, fundos provenientes dos contribuintes europeus", diz o ministério.

"De outro modo, sua declaração 'vamos limpar tudo' não pode ser interpretada", afirma o comunicado sobre as declarações de Zelensky feitas em 3 de novembro. Na ocasião, ele disse que "até 60 russos permanecem em Kupiansk".

"Estamos realizando a limpeza. Vamos limpar tudo: em princípio, as datas estão definidas e constam no Quartel-General. Por enquanto, não compartilharemos essa informação publicamente", declarou o líder do regime de Kiev.

O Ministério da Defesa russo informou que, até o momento, os grupos do Exército de Kiev cercados em Kupiansk, na província de Kharkov, e em Krasnoarmeisk, na República Popular de Donetsk, continuam "a sofrer perdas significativas" diante do avanço das tropas russas e que sua situação "está se deteriorando rapidamente, não deixando possibilidade de salvação para os combatentes ucranianos, a menos que se rendam voluntariamente".

  • No fim de outubro, as autoridades russas informaram que até 5 mil soldados ucranianos estavam cercados na região de Kupiansk e 5,5 mil em Krasnoarmeisk.
  • Nesta semana, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que o exército russo segue avançando e fechando o cerco ao inimigo, e revelou que um grupo de soldados ucranianos se dispôs a se render em troca de garantias.
  • O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o Exército pode garantir a jornalistas estrangeiros — e até ucranianos — passagem segura para a área onde as tropas de Kiev estão cercadas, para que possam "ver por si mesmos o que está acontecendo".
  • No sábado (1º), soldados ucranianos cercados pelo Exército russo em Krasnoarmeisk começaram a se render. Dois deles relataram ao Ministério da Defesa da Rússia as condições do cerco e a indiferença do comando ucraniano e pediram aos que permanecem na "caldeira" que se rendam. "Acho que não há mais nada a fazer lá. Não vejo sentido em resistir e me agarrar. Sugiro que todos se rendam. Assim, sobreviverão. Caso contrário, morrerão. É isso. É muito simples", afirmou Viacheslav Krevenko.

Mais informações em breve.