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À RT, Kremlin rebate acusações de Trump sobre supostos testes nucleares de Rússia e China

O porta-voz Dmitry Peskov ressaltou que tanto Moscou quanto Pequim insistem para que todos os países se abstenham de realizar testes nucleares.
À RT, Kremlin rebate acusações de Trump sobre supostos testes nucleares de Rússia e Chinayemelyanov / 123RF

O Kremlin comentou nesta segunda-feira (4) as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou Rússia e China de realizarem testes nucleares secretos.

À RT, o porta-voz Dmitry Peskov afirmou que nem Moscou nem Pequim retomaram os testes nucleares, enfatizando o compromisso de ambas as nações com o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares.

"Provavelmente, todos precisamos de esclarecimentos dos Estados Unidos, já que nem Rússia nem China recomeçaram os testes nucleares, isso é o primeiro ponto. Além disso, tanto Moscou como Pequim insistem que todos os países sigam comprometidos com suas obrigações em virtude do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares", disse Peskov.

O porta-voz acrescentou que seria mais adequado que jornalistas buscassem esclarecimentos diretamente junto a Washington sobre as declarações de Trump: "Não podemos afirmar agora o que o líder norte-americano quis dizer".

Relembre

Sem apresentar provas, Trump afirmou, na semana passada, que países como Rússia e China estariam realizando testes nucleares secretos e que os EUA fariam o mesmo.

Em publicação na Truth Social, o mandatário alegou que os EUA possuem mais armas nucleares "do que qualquer outro país", algo que teria sido conquistado durante seu primeiro mandato.

Apesar da fala, dados do Instituto Internacional de Pesquisa Pela Paz de Estocolmo indicam que a Rússia possui o maior número de armas nucleares em janeiro de 2025, com 4,309 ogivas contra 3,700 de Washington.

Recentemente, a Rússia anunciou testes de suas armas de propulsão nuclear inovadoras, como o míssil Burevestnik e o drone submarino Poseidon. O Kremlin, porém, destacou que esses testes não se configuram como testes nucleares.

Peskov já havia declarado que, se algum país abandonar a moratória voluntária de testes nucleares, a Rússia agirá de forma simétrica, respondendo conforme a situação.