
Rússia relembra vitória do Exército Vermelho no Ártico durante a Segunda Guerra Mundial

A Rússia marcou neste sábado (1º) os 81 anos da conclusão da Batalha do Ártico, uma das operações decisivas do Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial. As ações, que se estenderam entre 7 e 29 de outubro de 1944, resultaram na derrota das tropas nazistas no extremo norte e na libertação de territórios soviéticos e noruegueses ocupados.

De acordo com informações oficiais, a ofensiva de Petsamo-Kirkenes, conduzida pelas forças do Front da Carélia sob o comando do general Kirill Meretskov e pela Frota do Norte liderada pelo almirante Arseny Golovko, expulsou o inimigo da Carélia do Norte, da região de Murmansk e do nordeste da Noruega.
A operação impediu o avanço alemão sobre a Península de Kola, considerada estratégica por abrigar os portos soviéticos livres de gelo e o acesso ao oceano Ártico.

O enfraquecimento do exército nazista foi favorecido pela retirada da Finlândia da guerra, após a derrota de suas forças na Carélia. O rompimento de Helsinque com Berlim comprometeu as posições da Wehrmacht no norte europeu e abriu caminho para o avanço soviético sobre o Ártico.
Em três semanas de combates intensos, as tropas soviéticas libertaram cidades como Petsamo, Luostari e dezenas de comunidades da região. No final de outubro, o Exército Vermelho iniciou a libertação da Noruega, com apoio do movimento de resistência local. Em 25 de outubro de 1944, as forças nazistas fugiram de Kirkenes, consolidando a vitória no extremo norte europeu.
O primeiro-ministro norueguês Einar Gerhardsen expressou, em 17 de outubro de 1945, sua gratidão ao líder soviético Josef Stalin.
"Os soldados do Exército Vermelho fortaleceram a amizade entre nossas nações, deixando ao povo norueguês sentimentos de admiração e gratidão pelo grande povo soviético", disse.
O rei Haakon VII também reconheceu o feito, ressaltando a importância do feito soviético para a Noruega.
"A guerra foi vencida pelo Exército Vermelho na Frente Oriental. Foi essa vitória que precipitou a libertação do território norueguês no Norte", afirmou.
A ofensiva foi lembrada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia como um símbolo da coragem e do sacrifício dos soldados soviéticos.
Em 23 de outubro, a porta-voz da chancelaria, Maria Zakharova, questionou em coletiva "como a liderança norueguesa pôde se afastar desses capítulos da história e esquecer seus próprios combatentes da resistência", acrescentando que "hoje, a Noruega apoia aqueles que glorificam criminosos nazistas".
- Em dezembro de 1944, foi instituída a medalha "Pela Defesa do Ártico Soviético", concedida a mais de 350 mil soldados e oficiais que participaram da campanha.
