
Herdeiros de Michael Jackson pagam US$ 2,5 milhões a denunciantes de abuso sexual

Os herdeiros legais do espólio de Michael Jackson pagaram de forma reservada US$ 2,5 milhões a cinco pessoas que afirmam ter sido abusadas sexualmente pelo cantor, informou o Financial Times neste sábado (1º). Os pagamentos encerraram parte de um acordo de US$ 16,5 milhões firmado em 2020 com integrantes da família Cassio, amigos próximos de Jackson.

A família Cassio alega que foi pressionada a assinar o acordo sem compreender seus termos e afirma ter direito a valores adicionais. Também pretende tornar pública sua versão dos fatos.
As partes divergem sobre se as acusações devem ser analisadas em tribunal aberto ou em arbitragem privada. A disputa pode impactar o lançamento do filme biográfico "Michael", orçado em US$ 155 milhões e com estreia prevista para abril de 2026.
Em meados de 2025, os representantes moveram uma ação contra Frank Cassio, ex-empresário do cantor, acusando-o de extorsão e pedindo que o caso fosse levado à arbitragem. Em outubro, cinco membros da família Cassio declararam publicamente que Jackson os abusou sexualmente ao longo de décadas, desde a infância.
Os representantes do espólio negam as acusações e as classifica como tentativa de extorsão. Os Cassio, por outro lado, sustentam que o acordo de 2020 é inválido sob as leis da Califórnia, que vetam cláusulas de confidencialidade em casos de suposta violência sexual.
A audiência está marcada para 6 de novembro no Tribunal Superior de Los Angeles. Os representantes, que já recuperaram uma fortuna estimada em mais de US$ 3 bilhões, tentam preservar a imagem de Jackson diante de novas acusações, inclusive após o documentário da HBO "Leaving Neverland".
