Tropas ucranianas cercadas começam a se render em cidade estratégica

Um dos militares que se rendeu incentivou seus companheiros a fazerem o mesmo.

Os militares ucranianos cercados pelo Exército russo na cidade estratégica de Krasnoarmeisk começaram a se render, informou neste sábado (1º) o Ministério da Defesa da Rússia.

"Tentamos organizar a defesa. Percebi que o comandante havia nos abandonado há muito tempo. Meu companheiro e eu tentamos organizar a defesa em uma casa. Mas então decidimos que era melhor nos render, porque não fazia sentido resistir. O comandante nos traiu. Não fazia sentido", declarou um dos soldados que se renderam. "Eles nos trataram melhor do que nossos próprios comandantes", acrescentou.

Ele propôs aos seus companheiros que seguissem o exemplo dos que se renderam: "Não vejo sentido em resistir ou lutar. Proponho a todos que se rendam, assim continuarão vivos. Se não, então morrerão. É isso. É muito simples. Não há mais forças, nem morais nem físicas", afirmou.

Outro prisioneiro ucraniano declarou que o comando havia prometido substituir os soldados durante a defesa da cidade, mas não cumpriu sua promessa e os suprimentos estavam acabando: "Não tentamos abrir caminho até os nossos companheiros porque entendíamos que seria suicídio. Não havia possibilidades. É difícil. Estamos muito abatidos moral e psicologicamente. O comando nos prometeu que tudo correria bem. Mas a situação era clara: nada disso iria acontecer. Não havia maneira de sair do cerco", afirmou.

Kiev continua mentindo sobre a situação real

O Ministério da Defesa da Rússia já informou na semana passada que mais de 5 mil militares estavam cercados na cidade. Os militares russos impediram dezenas de tentativas das tropas ucranianas de romper o cerco.

Kiev mente e tenta convencer a sociedade de que tem tudo sob controle. O Ministério da Defesa da Rússia denunciou na sexta-feira (31) que Kiev "procura ocultar a situação real na frente de batalha e enganar a comunidade internacional e os habitantes da Ucrânia".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que o Exército russo pode garantir a jornalistas estrangeiros — e até ucranianos — passagem segura para a zona onde as tropas ucranianas estão cercadas para que possam "ver por si mesmos o que está acontecendo".