
EUA apontam 'erro grave' da China

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, declarou na sexta-feira (31) em entrevista ao Financial Times que a China "cometeu um erro grave" ao ameaçar suspender as exportações de terras raras, mas garantiu que os Estados Unidos assegurarão suprimentos alternativos dentro de dois anos.

Bessent afirmou que os dois presidentes alcançaram um "meio termo" nas relações bilaterais, mas advertiu que Pequim não poderá continuar usando minerais críticos como ferramenta de coerção: "Não creio que possam fazer isso agora porque contamos com medidas compensatórias", declarou.
"Uma coisa é colocar a arma sobre a mesa e outra muito distinta é disparar ao ar", argumentou.
Comentando o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping em 30 de outubro, Bessent revelou que o presidente chinês "claramente queria encontrar áreas de cooperação com o presidente Trump" e que ambos estavam "ansiosos para avançar, em vez da situação instável em que nos encontramos desde a primavera".
Questão das terras raras
O Ministério do Comércio da China anunciou restrições no início deste mês, argumentando que a exportação das terras raras e tecnologias para forças armadas estrangeiras prejudica sua "segurança nacional". Trump vem finalizando acordos no âmbito de minerais críticos com a Austrália, a Tailândia e o Japão.
Após o encontro com Xi Jinping, Trump declarou que a questão das terras raras havia sido resolvida: "A China concordou em continuar a exportação de terras raras, minerais críticos, ímãs etc., de forma aberta e livre", escreveu o presidente americano no Truth Social em 30 de outubro.
