
Maduro denuncia tentativa de desestabilização dos EUA na Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira (31) que os Estados Unidos conduzem uma estratégia para desestabilizar o país e "justificar uma mudança de regime". Segundo ele, Washington está intensificando discursos e ações com o objetivo de criar instabilidade política e social interna.
Durante encontro com parlamentares caribenhos em Caracas, Maduro afirmou que a Venezuela enfrenta uma "agenda permanente de ameaças e guerra" promovida por Washington e denunciou o que considera uma tentativa de quebrar a estabilidade nacional.
O mandatário venezuelano indicou à população que mantenha serenidade diante das tensões. "Nervos de aço, calma, cordura e máxima união nacional", declarou, defendendo que o país seguirá seu próprio caminho político.

Histórico de fracassos
Maduro afirmou que os EUA historicamente tentam derrubar o governo venezuelano e destacou a participação americana em operações secretas. "A CIA historicamente tratou de destruir a Venezuela, mas falhou", afirmou. Ele acrescentou que "não é o primeiro, nem será o último" episódio de pressão externa.
O presidente também rejeitou alegações de ligação com o narcotráfico. "Que a Venezuela envia esse veneno para lá é mentira. Não há uma hectare de folha de coca no país, não há laboratórios e, quando encontramos, destruímos", disse.
O presidente venezuelano disse ainda que o interesse dos EUA estaria ligado às riquezas do país. "Tudo o que se faz contra a Venezuela é para justificar uma guerra e nos roubar nossa imensa riqueza petrolífera", afirmou, citando também recursos como gás, ouro, diamantes, água e terras cultiváveis.
Ele pediu unidade e firmeza à população diante das pressões externas. "É necessário manter nervos de aço, calma e máxima união nacional", declarou, ressaltando que os Estados Unidos buscam dividir o povo venezuelano e criar instabilidade política e social no país.
Maduro também acusou Washington de fabricar narrativas para justificar ações contra seu governo. "Criam-se fábulas", disse. "Todas as conspirações destes anos se basearam em histórias e fábulas de Hollywood onde sempre nós somos os vilões, os revolucionários, os bolivarianos, orgulhosos de nossa história e de nossas raízes, enquanto eles sempre aparecem como os salvadores".
Ele acrescentou que essas campanhas fazem parte de uma estratégia de desestabilização que se repete há décadas, envolvendo meios de comunicação e operações encobertas, sempre tentando enfraquecer a soberania e a autonomia da Venezuela.
