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Japão resiste à pressão dos EUA e mantém importação de gás russo

A primeira-ministra Sanae Takaichi defendeu as necessidades energéticas nacionais em reunião com Trump.
Japão resiste à pressão dos EUA e mantém importação de gás russoGettyimages.ru / Andrew Harnik

Em encontro com o presidente americano Donald Trump na terça-feira (28), a primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi reafirmou que o Japão continuará importando gás natural liquefeito (GNL) da Rússia, resistindo às pressões americanas por um embargo energético completo contra Moscou, informou a imprensa asiática.

Segundo a mídia, durante a visita de Trump a Tóquio como parte de sua viagem à Ásia, o presidente americano pressionou o Japão a suspender as importações de energia russa. No entanto, Takaichi enfatizou que um embargo "não seria possível" devido aos danos econômicos que causaria, tendo em vista as necessidades energéticas críticas do país.

As discussões entre Trump e Takaichi também abordaram os projetos de petróleo e gás Sakhalin-1 e Sakhalin-2 no Extremo Oriente russo, parcialmente propriedade de empresas japonesas. O Sakhalin-1 é operado pela estatal russa Rosneft, sancionada pelos EUA no início de outubro.

A Rússia fornece aproximadamente 9% do total de GNL importado pelo Japão, segundo a mídia. Takaichi, uma conservadora de linha dura que assumiu o cargo na semana passada, é conhecida por priorizar a segurança estratégica e econômica do país.

Enquanto isso, a União Europeia aprovou em outubro seu 19ª pacote de sanções, prevendo a eliminação gradual de todas as importações de GNL russo até 1º de janeiro de 2028.