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Penha vive medo e desabastecimento após remoção de corpos em megaoperação policial no Rio

Escolas continuam fechadas e comércio sofre com falta de produtos; moradores relatam "cenas de horror" após confronto na Serra da Misericórdia.
Penha vive medo e desabastecimento após remoção de corpos em megaoperação policial no RioGettyimages.ru / Fabio Teixeira/Anadolu

Um dia após a remoção de 74 corpos da Serra da Misericórdia, o Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, amanheceu nesta quinta-feira (30) em clima de silêncio e medo. A informação foi publicada pelo portal G1.

Ruas esvaziadas, escolas públicas fechadas pelo terceiro dia seguido e mercados com prateleiras vazias refletem o impacto da megaoperação que mobilizou o Bope e terminou em um dos episódios mais violentos da história recente da cidade.

De acordo com o portal, o comércio tenta retomar as atividades, mas caminhões de carga continuam impedidos de entrar na comunidade, o que já provoca desabastecimento. A Light trabalha para restabelecer a energia em áreas que ainda estão sem luz.

Moradores relatam cenas de horror desde o mutirão que levou os corpos até a Praça São Lucas, onde ainda há marcas de sangue.

"Nunca vi isso na minha vida. O que a Vila Cruzeiro precisa é de educação", disse uma moradora.

As forças de segurança deixaram a região na madrugada de quarta (29), sem manter ocupação. Segundo a Polícia Militar, a ação fez parte de uma tática para encurralar traficantes na mata. Desde então, não há registros de novos confrontos.