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Hamas: ofensiva em Rafah "não será um piquenique" para o Exército israelense

"Nossa corajosa resistência [...] está totalmente preparada para defender nosso povo, derrotar esse inimigo e frustrar seus planos e objetivos", afirmou o movimento palestino.
Hamas: ofensiva em Rafah "não será um piquenique" para o Exército israelenseGettyimages.ru / Doaa Albaz / Anadolu

O movimento palestino Hamas expressou sua rejeição a uma possível operação ofensiva israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, alertando que "não será um piquenique" para as Forças de Defesa de Israel.

"Afirmamos que qualquer operação militar em Rafah não será um piquenique para o Exército de ocupação fascista e que nossa corajosa resistência, liderada pelas Brigadas Al-Qassam [ala militar do Hamas], está totalmente preparada para defender nosso povo, derrotar esse inimigo e frustrar seus planos e objetivos", diz o comunicado publicado em sua conta no Telegram nesta segunda-feira.

Além disso, o movimento denunciou as ações recentes do Exército israelense, que pediu nesta segunda-feira aos residentes do leste de Rafah que evacuassem para uma zona humanitária. Tel Aviv emitiu panfletos indicando em quais bairros é "perigoso" permanecer.

De acordo com o Hamas, a política de Israel em Rafah, cheia de residentes e refugiados que chegam de outras áreas do enclave, alvo de bombardeios aéreos e de artilharia contínuos, "é um crime sionista" que confirma a determinação do Governo de Benjamin Netanyahu de "continuar a guerra de extermínio" contra o povo palestino.

Nesse contexto, o movimento pediu à comunidade internacional que tome medidas urgentes para impedir os planos de Israel, apoiados pela Administração dos EUA, "que é parceira da guerra de extermínio". O Hamas também pediu às organizações humanitárias que continuem a ajudar os civis deslocados em Rafah, apesar das solicitações israelenses.

A Casa Branca está preocupada com uma possível incursão israelense em Rafah, onde vivem mais de um milhão de palestinos. A insatisfação de Washington também é ampliada pelas recentes declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nas quais afirmou que lançará uma operação em Rafah, independentemente de conseguir ou não chegar a um acordo com o Hamas para libertar os reféns.