
O que se sabe sobre o Poseidon, o torpedo russo ultrassecreto impossível de interceptar?

Na quarta-feira (29), o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou novos testes bem-sucedidos do torpedo nuclear Poseidon.

"Pela primeira vez, conseguimos não só lançá-lo do submarino de apoio usando seu motor auxiliar, como também ligar o reator nuclear que forneceu energia a ele por certo tempo", disse o presidente russo, classificando o teste como um "enorme sucesso".
Um sistema único e ininterrupto
O presidente da Federação Russa enfatizou que sistemas semelhantes dificilmente surgirão em qualquer outro país num futuro próximo.
"Em termos de velocidade e profundidade deste veículo não tripulado, não há igual no mundo, e é improvável que surja algo semelhante num futuro próximo. E não há como interceptá-lo", sublinhou.
Como explicou o presidente russo, o reator do Poseidon é mil vezes menor que do que o de um submarino, mas sua potência supera até mesmo a dos mísseis balísticos intercontinentais russos mais avançados, como o Sarmat.
O Sarmat e a tríade nuclear da Rússia
O Sarmat é capaz de se mover a velocidades hipersônicas — superiores a Mach 17 — alterando sua trajetória em direção e altitude de forma que nenhum sistema de defesa antimíssil consiga interceptá-lo. Ele tem um alcance de 18 mil quilômetros e uma carga útil de aproximadamente 10 toneladas.
O que se sabe sobre as características do Poseidon?
Esta arma submarina tem sido desenvolvida em segredo desde que foi anunciada por Putin em 2018: "Elas possuem baixa detectabilidade acústica, alta manobrabilidade e são praticamente invulneráveis ao inimigo. Hoje, simplesmente não existem meios no mundo capazes de neutralizá-las", declarou ele na época, revelando a existência do dispositivo.
Naquela ocasião, o presidente detalhou que este submersível não tripulado poderia ser equipado com armas convencionais e nucleares e seria capaz de destruir infraestruturas inimigas e porta-aviões.
Anteriormente, especialistas militares e fontes sugeriram que o Poseidon seria capaz de atingir velocidades superiores a 200 km/h e uma profundidade de pelo menos um quilômetro. Seu alcance seria global e limitado apenas pela vida útil de seu combustível nuclear.

