
Lula pede ação conjunta das forças de segurança para atingir 'espinha dorsal' do tráfico

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (29) que determinou ao ministro da Justiça, Flávio Dino, e ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que viajassem ao Rio de Janeiro para se reunir com o governador Cláudio Castro.

A megaoperação realizada na terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, resultou em 119 mortos, segundo dados oficiais do governo estadual e foi classificada como a mais letal da história do estado.
A ação foi apresentada pelas autoridades como um esforço para desarticular grupos armados, mas gerou denúncias de execuções e uso excessivo da força por parte das forças de segurança.
Segundo Lula, a atuação do crime organizado precisa ser enfrentada com ações coordenadas que não coloquem em risco a população nem os agentes de segurança.
"Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco", afirmou.
O presidente também citou a operação deflagrada em agosto, considerada pelo governo a maior da história do país contra o crime organizado.
"Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro", publicou Lula.
Na mesma mensagem, o presidente destacou a proposta de emenda à Constituição encaminhada ao Congresso Nacional. "Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas", afirmou.

