Cerca de cem motociclistas realizaram, na tarde desta quarta-feira (29), um ato no Rio de Janeiro em protesto contra as mais de 119 mortes registradas durante a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, ocorrida nesta semana
A manifestação começou na Praça São Lucas, no Complexo da Penha, e seguiu pela Avenida Brasil em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, em Laranjeiras, na Zona Sul. Policiais do Batalhão Tático Móvel (Batalhão de Choque) acompanharam o trajeto, informou o G1.
Segundo o balanço mais recente do governo, a ação resultou na morte de quatro policiais e 114 suspeitos. O número é o maior já registrado em uma operação de segurança pública no estado.
Durante coletiva de imprensa, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a operação foi um "sucesso" e que apenas os quatro policiais mortos são considerados "vítimas". "A nossa contabilidade conta a partir do momento que os corpos entram no IML. A Polícia Civil tem a responsabilidade enorme de identificar quem eram aquelas pessoas", declarou o governador em entrevista no Palácio Guanabara, destacou a Agência Brasil.
O secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, explicou que a estratégia das forças de segurança envolveu o chamado "Muro do Bope" : um cerco formado por agentes do Batalhão de Operações Especiais que empurraram os criminosos em direção à mata.
Já o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, disse que o "dano colateral" foi "muito pequeno", mencionando que quatro civis morreram na operação. A ação contou com cerca de 2,5 mil policiais civis e militares e é considerada de alto risco pela cúpula da segurança do estado, reportou ainda o G1.
Além dos mortos, o governo informou que 113 pessoas foram presas, sendo 33 vindas de outros estados, como Amazonas, Ceará, Pará e Pernambuco.