As Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram o norte da Faixa de Gaza em meio à trégua com o grupo palestino Hamas.
De acordo com um comunicado divulgado, o ataque foi dirigido contra "infraestruturas terroristas" para "eliminar uma ameaça imediata".
Os militares israelenses realizaram um ataque na área de Beit Lahia, onde, segundo suas declarações, havia depósitos de "armas e morteiros destinados a serem usados para um ataque terrorista iminente contra soldados das FDI e do Estado de Israel".
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mandou na terça-feira (28) atacar a Faixa de Gaza.
Trégua frágil
Em 10 de outubro, entrou em vigor o cessar-fogo entre Israel e o Hamas, dando início à primeira fase do plano de paz. Em 13 de outubro, o grupo palestino libertou os prisioneiros israelenses. Em troca, Israel libertou prisioneiros e detidos palestinos.
Posteriormente, Israel limitou a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, permitindo apenas metade dos caminhões acordados e atrasando a reabertura da passagem de Rafah, e alegou que o Hamas está atrasando a entrega dos corpos dos reféns mortos.
Pouco mais de uma semana após o início da implementação do plano de paz, as Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram ataques aéreos no sul da Faixa de Gaza, depois que Netanyahu ordenou que fossem tomadas "medidas enérgicas" contra várias instalações na cidade de Rafah. De acordo com a versão israelense, o bombardeio foi uma resposta a um ataque anterior do Hamas.
Por sua vez, Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional do país judeu, disse que, com o retorno dos prisioneiros israelenses que foram mantidos em cativeiro pelo grupo palestino Hamas, Tel Aviv deve "retornar à guerra" na Faixa de Gaza e abrir as "portas do inferno".