Netanyahu: "Se Israel tem que estar sozinho, estará e continuará lutando"

Israel não interromperá os combates na Faixa de Gaza até derrotar o grupo palestino Hamas, independentemente da pressão internacional para deter a guerra, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no domingo, em uma cerimônia do Dia da Memória do Holocausto. 

Em resposta aos relatos de que o Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI) poderia emitir um mandado de prisão para os líderes do país, incluindo Netanyahu, o mandatário afirmou que tais ações "minam" o "direito mais básico" dos israelenses de se defender, colocando "uma grande mancha no próprio conceito de justiça internacional".

Netanyahu: "Israel não aceitará um acordo com o Hamas que exija o fim da guerra"

"Daqui de Jerusalém, estou enviando uma mensagem muito clara: nossas mãos não serão acorrentadas e, mesmo que Israel tenha que ficar sozinho, ficará sozinho e continuará lutando contra nossos inimigos até a vitória", declarou Netanyahu, citado pelo The Times of Israel.

"Eu digo aos líderes mundiais que nenhuma pressão, nenhuma decisão de um fórum internacional impedirá Israel de se defender [...] Se Israel for forçado a ficar sozinho, ficará sozinho", enfatizou. "Derrotaremos nossos inimigos genocidas", exclamou.

Acusações de genocídio

Netanyahu também atacou aqueles que acusam seu Governo de genocídio por suas ações militares na Faixa de Gaza. "Estão falando de genocídio? Estamos fazendo tudo o que podemos para evitar ferir civis, estamos tomando medidas que nenhum Exército na história jamais tomou", alegou.

Também denunciou que os estudantes judeus sofrem ameaças e ataques de ódio nas universidades norte-americanos, em meio a uma onda de protestos estudantis pró-palestinos. "Isso lembra o que aconteceu na Alemanha na década de 1930, só que desta vez acontecerá nos Estados Unidos de 2024", sublinhou.