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Defensoria do Rio atualiza número e informa que há 132 mortos após operação

A entidade pública registra vítimas além do oficial, com corpos transportados por moradores para praças públicas.
Defensoria do Rio atualiza número e informa que há 132 mortos após operaçãoAP / Silvia Izquierdo

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira (29) 132 mortes na operação policial nos complexos do Alemão e Penha, incluindo 128 suspeitos e quatro policiais. O governo estadual, liderado pelo governador Cláudio Castro, confirma apenas 58 vítimas oficiais, com 54 suspeitos e quatro agentes.

Castro admitiu que o total pode crescer devido a corpos acumulados na Praça São Lucas, na Penha, onde foram registrados 64 restos mortais. A ONG Anjos da Liberdade relatou que moradores transportaram cadáveres da mata da Penha, alguns com marcas de tiros na nuca e facadas, conforme afirmou a advogada Flávia Froes ao jornal CBN.

Segundo o veículo, não há confirmação oficial de que os mais de 60 corpos descobertos morreram na ação das polícias Militar e Civil, que resultou em 64 óbitos totais (quatro policiais) e 81 prisões. Froes suspeita de "mortes suspeitas praticadas pelo Estado" e revelou que evidências foram fotografadas para o protocolo da ONU sobre mortes ilícitas.

A ONG pediu medida cautelar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, solicitando "a presença de investigadores internacionais para acompanhar" o caso. Outros 32 corpos foram levados à Praça São Lucas para identificação familiar. Os restos foram encontrados na mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, sem confirmação se estão no balanço oficial.