A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (28), a declaração de persona non grata à primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar.
A decisão do parlamento venezuelano vem um dia após o presidente Nicolás Maduro suspender unilateralmente os acordos de cooperação energética com Porto Espanha. A medida foi tomada após recomendação do Ministério de Hidrocarbonetos e da diretoria da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).
No domingo (26), o governo venezuelano emitiu um alerta sobre a existência de uma "operação de falsa bandeira" em andamento, originada a partir de águas limítrofes com Trinidad e Tobago, ou até mesmo a partir do território trinitense ou venezuelano.
Segundo Caracas, a ação teria como finalidade gerar um "enfrentamento militar completo" contra a Venezuela, em meio ao atual contexto de reforço da presença militar dos Estados Unidos no Caribe.
O ministro de Relações Interiores da Venezuela, Diosdado Cabello, classificou como uma "provocação direta" a chegada do destróier norte-americano USS Gravely a Porto Espanha, onde foram realizados exercícios militares conjuntos entre Trinidad e Tobago e os Estados Unidos.