O governo de Trinidad e Tobago executará a deportação em massa de pelo menos 200 imigrantes venezuelanos, uma medida aplicada por ordem da primeira-ministra daquela ilha caribenha, Kamla Persad-Bissessar, em meio a crescentes tensões entre Caracas e Porto Espanha pela presença de tropas dos EUA protegidas pelo governo da ex-colônia britânica na fronteira marítima venezuelana.
De acordo com o meio de comunicação local The Trinidad and Tobago Guardian, a medida foi publicada em um memorando assinado na segunda-feira (27) pelo secretário permanente de Segurança Nacional, Videsh Maharaj, onde é dada a ordem de levar a um centro de detenção para depois deportar todos os migrantes que estão em Trinidad em situação irregular. Além disso, isso ocorre depois que a Venezuela anunciou uma operação de bandeira falsa que inclui a captura de mercenários ligados à Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA).
A medida do governo de Persad-Bissessar, apontada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como uma "cúmplice" dos EUA, ocorre logo após Caracas anunciar a suspensão dos acordos de gás em vigor com Trinidad e Tobago, em virtude das atitudes hostis da primeira-ministra trinitária, a quem as autoridades venezuelanas também acusam de ser uma ameaça por tentar "converter" essa ilha caribenha "no porta-aviões do império americano".