O governo de Nicolás Maduro criticou no domingo (26) a realização de exercícios militares conjuntos entre os EUA e Trinidad e Tobago na região do Caribe, classificados por Caracas como uma "provocação militar".
A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, denunciou, por meio de sua conta no Telegram, a "provocação militar de Trinidad e Tobago em coordenação com a CIA para causar uma guerra no Caribe".
De acordo com o comunicado, os exercícios militares "por parte do governo de Trinidad e Tobago entre os dias 26 e 30 deste mês, sob coordenação, financiamento e controle do Comando Sul dos Estados Unidos" é classificada com "uma grave ameaça à paz do Caribe".
Mercenários ligados à CIA capturados
Tendo obtido informações após capturar um grupo de mercenários com ligações diretas com a CIA, o governo bolivariano afirma que "um ataque de bandeira falsa está em andamento a partir das águas que fazem fronteira com Trinidad e Tobago, [...] o que poderia gerar um confronto militar generalizado".
A vice-presidente venezuelana acusou a primeira-ministra da ilha caribenha, Kamla Persad-Bissessar, de "renunciar à soberania nacional" ao autorizar operações norte-americanas a partir do território do país.
"A Venezuela não aceita ameaças de nenhum governo vassalo dos EUA. Não nos intimidam exercícios militares nem gritos de guerra. A Força Armada Nacional Bolivariana permanecerá alerta e mobilizada em perfeita união popular-militar-policial perante esta gravíssima provocação", cita o comunicado.