Depois de cinco anos de interrupção, China e Índia voltaram a ter voos diretos. O movimento simboliza uma tentativa de distensão entre os dois países mais populosos do mundo.
O primeiro voo, operado pela IndiGo, partiu de Calcutá e pousou em Guangzhou no domingo (26), com 176 passageiros a bordo. A companhia indiana manterá a rota diariamente, reduzindo o tempo de viagem e ampliando as conexões regionais.
O restabelecimento da ligação aérea ocorre após o congelamento das relações bilaterais desde o confronto de 2020 no Vale de Galwan, que deixou militares mortos dos dois lados e abalou as relações diplomáticas.
Com o avanço de negociações no ano passado para reduzir tensões na fronteira, os governos voltam agora a apostar na aproximação econômica e cultural.
Uma nova linha entre Xangai e Nova Déli vai iniciar as operações no dia 9 de novembro, com três voos semanais.
O retorno das viagens diretas é visto como um gesto tímido, mas estratégico, para a reconstrução da confiança entre as duas potências asiáticas.