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Trump planeja informar o Congresso sobre possível expansão de operações contra Venezuela

Segundo o senador Lindsey Graham, ataques terrestres no país caribenho são "uma possibilidade real".
Trump planeja informar o Congresso sobre possível expansão de operações contra VenezuelaMiguel J. Rodríguez Carrillo / Gettyimages.ru

O presidente dos EUA, Donald Trump, planeja informar o Congresso sobre possível ampliação de operações militares na Venezuela e na Colômbia, segundo o senador Lindsey Graham*.

Em entrevista neste domingo (26) ao canal CBS News, Graham afirmou que ataques terrestres em território venezuelano são "uma possibilidade real" e que Trump pretende detalhar "possíveis operações militares futuras contra Venezuela e Colômbia" quando retornar de sua viagem à Ásia.

Em uma tentativa de justificar a operação, Graham destacou a necessidade de impedir que os dois países sejam usados para "envenenar os Estados Unidos", utilizando a força militar para proteger o país, "como no passado"

Na quinta-feira (23), Trump prometeu que Washington realizará em breve operações terrestres contra os cartéis de droga na América Latina. Já no sábado, afirmou que os EUA irão impedir "a entrada de todas as drogas por terra".

  • Os Estados Unidos destacaram em agosto um amplo contingente militar na região. Atualmente, Washington realiza operações militares e bombardeios em águas próximas ao território venezuelano, alegando, sem provas, que o objetivo é combater cartéis de narcotráfico.

  • Os presidentes da Venezuela e da Colômbia, Nicolás Maduro e Gustavo Petro, foram acusados infundadamente por Donald Trump de liderarem organizações de tráfico de drogas. A acusação contra Petro, que se tornou alvo de sanções nesta semana, provocou um desgaste nas relações entre Bogotá e Washington.

  • Maduro afirma que seu país é alvo de "uma guerra multiforme" orquestrada pelos EUA. Segundo ele, o Estado venezuelano sofre uma "agressão armada para impor uma mudança de regime", com o objetivo de "roubar petróleo, gás, ouro e todos os recursos naturais".

  • Em reunião do Conselho de Segurança, a Rússia denunciou que as ações dos EUA no Caribe não são exercícios militares comuns, mas uma "campanha descarada de pressão política, militar e psicológica" para derrubar um governo que Washington não gosta.

  • Em resposta à atividade militar de Washington, a Venezuela convocou alistamento voluntário na Milícia Bolivariana e lançou o plano chamado Independência 200, por meio do qual vem realizando exercícios militares nas áreas costeiras do país.

*Lindsey Graham está incluído na lista de "terroristas e extremistas" da Rússia.