Notícias

Hungria questiona sanções contra setor energético russo: não dá pra 'aquecer casas com política'

''Somos um país sem saída para o mar", lembrou o chanceler Péter Szijjártó, cujo país depende fortemente do petróleo russo.
Hungria questiona sanções contra setor energético russo: não dá pra 'aquecer casas com política'Gettyimages.ru / Dan Kitwood

O chanceler húngaro Péter Szijjártó, cujo país depende fortemente dos recursos energéticos da Rússia, foi questionado neste domingo (26) sobre a intenção do governo Trump de aplicar sanções secundárias a países que mantêm importações de petróleo provenientes de Moscou.

"A questão do fornecimento de energia deve ser considerada como realmente é, uma questão física, uma questão da realidade, já que você não pode aquecer ou esfriar suas casas com política", afirmou o alto diplomata a uma jornalista do canal Fox News.

Ele também foi questionado pela profissional se Budapeste não poderia substituir o petróleo russo pelo norte-americano, e pontuou: "A Hungria está em uma posição única porque somos um país sem saída para o mar. E os países sem litoral têm limitações muito maiores".

Nesse contexto, Szijjártó recordou seu encontro com o secretário de Estado Marco Rubio, e afirmou que o governo Trump têm sido compreensivo. "Ele [Rubio] foi o primeiro político ocidental que me disse: olha, Peter, a geografia deve ser respeitada".

  • O governo Trump anunciou na quarta-feira (22) sanções contra as petroleiras russas Rosneft e Lukoil, além de suas subsidiárias, buscando aumentar a pressão contra Moscou com a justificativa de "pôr fim" ao conflito na Ucrânia.
  • Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, afirmou que as medidas representam um ato de guerra contra o país e servem como um lembrete de que "os EUA são nossos inimigos". Ele também ironizou dizendo que Trump, "um 'pacificador' tagarela, está agora em pé de guerra contra a Rússia".