Dez pessoas irão a julgamento na próxima semana no tribunal penal de Paris por crimes virtuais de teor sexista contra a esposa do presidente francês, Brigitte Macron, informou o jornal Le Parisien neste sábado (25).
Os acusados, oito homens e duas mulheres, com idades entre 41 e 60 anos, são suspeitos de publicar diversos comentários maliciosos sobre a primeira-dama, atacando seu gênero e sexualidade, e de comparar a diferença de idade entre ela e Emmanuel Macron à pedofilia, segundo a Promotoria de Paris.
A investigação foi aberta pela Brigada de Repressão a Crimes contra a Pessoa depois que Brigitte Macron apresentou denúncia no fim de agosto do ano passado, resultando em várias detenções.
Entre os réus está Amandine Roy, considerada figura central na divulgação do boato de que Brigitte Macron seria transgênero*.
O julgamento ocorre após o casal presidencial ter movido, no final de julho, uma ação por difamação nos EUA contra a podcaster americana Candace Owens.
Em 2021, Amandine Roy e Natacha Rey divulgaram um vídeo alegando que Brigitte Macron seria transgênero* e que seu nome de nascimento era do irmão, Jean-Michel Trogneux.
Brigitte Macron processou Roy e Rey por difamação; em setembro de 2024, foram condenadas a pagar indenizações de €8.000 à primeira-dama e €5.000 ao irmão.
A influenciadora americana Candace Owens também propagou teorias semelhantes em sua série Becoming Brigitte, incluindo alegações sobre filhos e primeiro marido de Brigitte, com apoio do jornalista Tucker Carlson.
*O movimento internacional LGBT é classificado como uma organização extremista no território da Rússia e proibido no país.