O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou neste sábado (25), a bordo do avião presidencial a caminho da Malásia, que não pretende se reunir com seu homólogo russo, Vladimir Putin, até ter confiança de que o acordo para encerrar o conflito na Ucrânia esteja pronto:
"Precisamos ter certeza de que vamos chegar a um acordo. Não vou perder meu tempo. Sempre tive uma excelente relação com Vladimir Putin, mas isso tem sido muito decepcionante. Achei que isso aconteceria muito antes de se alcançar a paz no Oriente Médio", disse o presidente.
Em fala semelhante nos últimos dias, o porta-voz Dmitry Peskov, da presidência russa, comentou que ambos os líderes não querem "perder tempo e se reunir apenas por se reunir" e que, para a reunião ser produtiva, é preciso que o trabalho prévio tenha sido feito pelos chefes de Estado, pelo ministro russo das Relações Exteriores e pelo secretário de Estado dos EUA.
Novas sanções
Na ocasião, Trump, responsável por aplicar novas sanções nos últimos dias contra as duas maiores petrolíferas russas, Rosneft e Lukoil, também afirmou, sem provas, que a China está comprando "consideravelmente menos" petróleo russo.
Anteriormente, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou que Trump também pressionou os países europeus a deixarem de comprar petróleo russo, na expectativa de "causar dano" à economia da Rússia.
- Na quinta-feira, o presidente Vladimir Putin afirmou que as novas sanções dos EUA contra a Rússia "são graves e terão certas consequências, mas não terão um impacto significativo" na economia do país, acrescentando que "nenhum país ou povo que se respeite toma decisões sob pressão".
- Ele também descreveu as sanções como "um ato hostil" que "não fortalece as relações entre a Rússia e os EUA, que começavam a melhorar".