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Enviado do Kremlin detalha elementos-chave para encerrar conflito com a Ucrânia

'Não são tantas as questões que estão sobre a mesa', afirmou Kirill Dmitriev.
Enviado do Kremlin detalha elementos-chave para encerrar conflito com a UcrâniaSergey Bulkin / Sputnik

Kirill Dmitriev, enviado especial da Presidência russa para investimentos e cooperação econômica com países estrangeiros, apontou na sexta-feira (25), em entrevista ao canal Fox News, os elementos fundamentais que precisam ser resolvidos para encerrar o conflito na Ucrânia.

Dmitriev destacou que podem ser fornecidas garantias de segurança à Ucrânia, e que Moscou não se opõe a isso. Também é necessário resolver "a questão territorial", lembrando que existem áreas onde "as forças ucranianas atacavam a população russa mesmo antes do início do conflito". Por fim, a Ucrânia deve ser um país neutro, já que isso "é importante para a segurança da Rússia", enfatizou.

"Na verdade, não são tantas as questões que estão sobre a mesa", disse, afirmando que "ao entender como esses elementos poderiam ser resolvidos diplomaticamente, a solução poderia ser alcançada em um curto período de tempo".

Nesse contexto, reiterou a importância de "levar em conta os interesses" de Moscou, pois somente assim seria possível chegar a uma solução. Além disso, pediu para evitar pensar apenas em um cessar-fogo, e sim focar "em uma solução final para o conflito".

Ele também sugeriu evitar seguir os passos do governo do ex-presidente Joe Biden, que "tentou derrotar a Rússia" por meio de sanções. Lembrou que essas tentativas falharam, já que a economia russa cresceu 4% no último ano. "A solução não está nas sanções, mas no diálogo", enfatizou.

"O presidente [da Rússia, Vladimir] Putin disse que a pressão não funcionará com a Rússia", lembrou, expressando ceticismo de que as novas sanções de Washington contra as duas maiores petrolíferas russas, Rosneft e Lukoil, "tenham um impacto significativo na economia russa". "Os preços do petróleo subirão e a Rússia simplesmente venderá menos barris, mas a um preço mais alto", argumentou.

  • A República Popular de Lugansk, a República Popular de Donetsk e as províncias de Zaporozhie e Kherson votaram a favor de se incorporarem à Rússia em um referendo realizado em setembro de 2022.
  • Já a Crimeia voltou a integrar a Rússia em março de 2014, depois que 96,77% da população da península votou favoravelmente à reunificação com a Federação Russa.