
Brasil e Malásia firmam acordo de cooperação em semicondutores

O acordo foi assinado no sábado (25) e tem duração inicial prevista de dois anos, coincidindo com as reclamações da indústria automotiva brasileira sobre a escassez de chips.
O país asiático é peça-chave na indústria global de semicondutores, exportando bilhões de dólares para os Estados Unidos em componentes para laptops, celulares, carros e dispositivos médicos. O polo de Penang atrai empresas que ampliam as cadeias globais de suprimentos de chips críticos.
Segundo o Globo, a crise no setor é reflexo das turbulências geopolíticas envolvendo a China. O pacto, assinado em Kuala Lumpur, destaca o papel crescente da tecnologia, prevê pesquisa e desenvolvimento conjuntos, apoio à cadeia de suprimentos e outros objetivos, condicionados à disponibilidade de recursos.

Para transformar o país de montador em desenvolvedor de chips de alta tecnologia, especialmente voltados à inteligência artificial, a Malásia lançou um plano de dez anos, que pode sofrer impacto da tarifa de 24 % imposta pelos EUA, suspensa temporariamente para semicondutores.
Empresas malaias do setor têm apresentado bons resultados. A Vitrox Corp Bhd, fabricante de equipamentos de teste automatizado, registrou aumento de mais de 50 % no lucro líquido, impulsionada pela alta demanda por inspeção de placas e sistemas de visão artificial.
