
Casamento em crise? Zelensky e patrocinadores europeus discordam sobre mísseis de longo alcance

Os patrocinadores europeus do regime de Kiev não emitiram declarações oficiais sobre o fornecimento de armamento de longo alcance à Ucrânia após uma reunião em Londres nesta sexta-feira (24).
Participaram do encontro, voltado a discutir apoio militar adicional a Kiev, o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, o secretário-geral da OTAN Mark Rutte, o primeiro-ministro do Reino Unido Keir Starmer e seus homólogos da Holanda e Dinamarca, Dick Schoof e Mette Frederiksen.
Zelensky esperava obter mais armamento de longo alcance após a recusa do presidente dos EUA, Donald Trump, em liberar mísseis Tomahawk. Apesar das declarações de Rutte afirmando que a Ucrânia tem direito a armamento de longo alcance, não houve reconhecimento formal do pedido de Kiev.
Discordâncias
Starmer afirmou que o Reino Unido pretende manter "pressão militar" sobre o presidente russo Vladimir Putin por meio do fornecimento contínuo de "capacidades de longo alcance" à Ucrânia. "Estamos acelerando nosso programa para fornecer à Ucrânia mais de 5.000 mísseis leves", disse ele.

Rutte, por sua vez, quando questionado sobre o fornecimento de Tomahawks norte-americanos, reiterou sua convicção de que "cada aliado decide quais armas deseja entregar à Ucrânia".
Ele acrescentou, no entanto, que Kiev tem o direito de atacar "alvos dentro da Rússia com armas de longo alcance", lembrando que os EUA já fornecem à Ucrânia uma ampla gama de armamentos, incluindo defesas aéreas Patriot e sistemas de mísseis HIMARS e ATACMS.
Já os primeiros-ministros da Holanda e da Dinamarca, embora tenham saudado as novas sanções da UE e dos EUA contra o petróleo russo, não anunciaram novos fornecimentos de armas.
- Moscou afirma há muito tempo que, ao fornecer armas de longo alcance à Ucrânia, os países ocidentais se tornam parte direta do conflito, observando que armamentos complexos, como os mísseis Storm Shadow ou Tomahawk, exigem a participação de militares da OTAN para serem utilizados.
- À medida que Kiev tem aumentado suas demandas por Tomahawks, Putin advertiu que qualquer ataque com esses mísseis em solo russo será respondido com retaliação ''séria e devastadora".
