
Ministro colombiano dispara após ser sancionado pelos EUA: 'Gringos, vão para casa'

O ministro do Interior da Colômbia, Armando Benedetti, se manifestou nesta sexta-feira (24) após ser atingido por sanções impostas pelos Estados Unidos, que também incluíram o presidente Gustavo Petro e membros de sua família na lista de cidadãos especialmente designados pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, em inglês). Em publicação no X, o ministro disparou: "Gringos, vão para casa".
De acordo com o Departamento do Tesouro norte-americano, a medida faz parte das "Designações Antidrogas", justificadas pelo aumento da produção de cocaína na Colômbia desde que Petro assumiu a presidência, em agosto de 2022.
Benedetti afirmou ter sido sancionado "por defender a dignidade do país", e negou qualquer relação com o tráfico. "Por ter defendido a dignidade do país e por o presidente Gustavo Petro não ser um narcotraficante, me colocaram na lista do OFAC sem que eu os tivesse atacado. Isso mostra que todo império é injusto e que sua luta antidrogas é uma farsa armamentista", escreveu.

O ministro ainda acrescentou que "ninguém acredita na história" de que ele seja um traficante.
O presidente Gustavo Petro também reagiu à decisão, classificando-a como o cumprimento de "uma ameaça" feita anteriormente por senadores norte-americanos. Ele anunciou que recorrerá à Justiça dos EUA por meio do advogado Dany Kovalik.
"Combater o narcotráfico com eficácia há décadas traz essa medida do governo da sociedade que tanto ajudamos a acabar com o uso de cocaína. Um paradoxo, mas sem recuar e sem nos ajoelhar", afirmou.
- As sanções ocorrem em meio a tensões entre Washington e Bogotá, após ataques de forças norte-americanas a embarcações suspeitas no Caribe e no Pacífico.
- Petro chegou a acusar os Estados Unidos de violarem a soberania colombiana e de cometerem "assassinato" durante uma dessas operações.
- Em declarações recentes, o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou Petro de "líder do tráfico ilegal de drogas", sem apresentar provas. O colombiano rebateu as acusações e disse que Trump "não é um rei na Colômbia", enfatizando: "Não aceitamos reis aqui".
