Notícias

EUA impõem sanções contra Gustavo Petro

A medida ocorre em meio às tensões entre Donald Trump e o presidente da Colômbia.
EUA impõem sanções contra Gustavo PetroGettyimages.ru / Gabriel Aponte

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA incluiu nesta sexta-feira (24) o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em sua lista de pessoas sancionadas.

O presidente colombiano consta na "lista de nacionais especialmente designados", também conhecida como "lista SDN", publicada no site do Departamento do Tesouro dos EUA, sob o título "Designações Antinarcóticos".

Na lista também aparecem Nicolás Fernando Petro Burgos, filho mais velho do presidente; Verónica Alcocer, primeira-dama da Colômbia; e o ministro do Interior, Armando Benedetti.

Justificativa oficial

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, justificou a medida afirmando que, desde que Petro assumiu o poder em agosto de 2022, "a produção de cocaína na Colômbia disparou, atingindo a taxa mais alta em décadas, inundando os EUA e envenenando os americanos".

"O presidente Petro permitiu que os cartéis de drogas prosperassem e se recusou a interromper essa atividade. Hoje, o presidente Trump está tomando medidas enérgicas para proteger nossa nação e deixar claro que não toleraremos o tráfico de drogas em nosso território", acrescentou o representante através de um comunicado oficial.

Tensão crescente

A sanção ocorre em meio às recentes tensões entre Petro e Trump, iniciadas após ataques americanos no Caribe e no Pacífico.

Após um bombardeio no Caribe, que teria sido realizado em águas colombianas, Petro afirmou que Washington cometeu "um assassinato" e violou a soberania de seu país, posição mantida diante de novos ataques no Pacífico.

Trump reagiu chamando Petro de "líder do narcotráfico ilegal" e ameaçando medidas severas contra ele e a Colômbia, acusando-o de produzir drogas em larga escala.

Petro rejeitou as acusações, afirmando que Trump está sendo "enganado por seus conselheiros" e destacou seu próprio combate ao narcotráfico. Ele também reforçou que "Trump não é rei na Colômbia".