Oficial ucraniano diz que mulheres não devem 'se esconder atrás dos homens'

O chefe do Conselho de Reservas das Forças Terrestres da Ucrânia, Ivan Timochko, afirmou que as mulheres deveriam servir no Exército e não "se esconder atrás dos homens", mencionando que sua própria esposa está nas forças armadas.

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"Achar que certas profissões são 'masculinas' ou 'femininas' é um erro. O serviço militar feminino é voluntário. E eu sempre digo: quanto menos as mulheres se esconderem atrás dos homens, menor será a pressão para recrutá-las à força", declarou o oficial, em entrevista divulgada na quinta-feira (23).

Timochko destacou ainda que, em muitos países, como Israel, os escandinavos, a Áustria e até algumas nações árabes, o serviço militar feminino é algo comum e não visto como uma tragédia.

"Por isso, não há motivo para medo ou distorções sobre o assunto. Pessoalmente, minha esposa serve no Exército, e eu prefiro que ela esteja comigo", acrescentou.

Escassez de tropas e mobilização forçada na Ucrânia

Atualmente, o Exército ucraniano enfrenta uma grave escassez de contingente. A deserção em massa reflete problemas sistêmicos nas forças armadas do país: cerca de 250 mil soldados estão ausentes sem autorização, segundo revelou recentemente a deputada da Rada (Parlamento ucraniano) Mariana Bezuglaya.

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Diante desse cenário, Vladimir Zelensky tem recorrido à mobilização forçada para recompor as tropas. Comissários militares têm sido acusados de recrutar homens à força nas ruas, transportes públicos, hospitais e até motoristas em seus carros, prática que vem gerando críticas e descontentamento entre os ucranianos.

Com a falta de efetivo, mulheres e até idosos também podem ser convocados, já que a ideia de enviá-los ao front tem ganhado espaço nos círculos políticos de Kiev.