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Kremlin comenta declaração de Trump sobre possível adiamento de encontro com Putin

"Seria muito difícil frustrar algo sobre o qual não havia acordos concretos", afirmou o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.
Kremlin comenta declaração de Trump sobre possível adiamento de encontro com PutinSputnik / Gabriel Grigorov

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou nesta sexta-feira (24) as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que havia adiado o encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, marcada durante a última conversa telefônica entre os dois chefes de Estado no dia 16.

Peskov explicou que nunca foram oficialmente anunciadas ou acordadas datas exatas para a cúpula: "Seria muito difícil frustrar algo sobre o qual não havia acordos concretos", disse.

O porta-voz do Kremlin abordou as declarações de ambos os presidentes, que deixaram claro que não queriam perder tempo e "se reunirem apenas para se reunirem": "Para que a reunião seja frutífera, é necessário que o trabalho seja realizado a nível dos chefes de Estado, do ministro das Relações Exteriores da Rússia e do secretário de Estado dos EUA, conforme determinado", sublinhou.

Peskov lembrou que Trump não descartou uma cúpula no futuro: "O presidente Putin compartilha da mesma opinião, conforme ele mesmo declarou ontem à imprensa", acrescentou.

Em 22 de outubro, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra duas grandes petroleiras russas, a Lukoil e a Rosneft, como forma de aumentar a pressão sobre Moscou para que se avance em uma solução para o conflito ucraniano. Trump classificou as medidas como "colossais", mas disse esperar "que não durem muito".

  • Os dois presidentes tiveram um encontro histórico em Anchorage (Alasca) em 15 de agosto. Em outubro, ao ser questionado se o "ímpeto de Anchorage" havia se perdido, Putin afirmou que ambos haviam concordado em "refletir" sobre um plano para encerrar o conflito na Ucrânia por "meios pacíficos", observando que se tratam de "questões complexas que exigem uma análise mais profunda".