Justiça russa condena soldados 'neonazistas' ucranianos por ataques a civis em Kursk

Sentenças vão de 14 anos a prisão perpétua, enquanto porta-voz detalha ataques contra civis e atuação de mercenários estrangeiros.

Os tribunais russos aplicaram penas longas a combatentes do regime de Kiev, incluindo sentenças de prisão perpétua e de 14 a 15 anos, em casos envolvendo tortura, assassinato e violência contra civis.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, assegurou nesta quinta-feira (23) que os tribunais seguem punindo "neonazistas ucranianos" envolvidos em ataques contra a população civil desde fevereiro de 2022.

Zakharova denunciou ataques recentes nas províncias russas de Belgorod, Bryansk, Voronzeh e na República Popular de Donetsk, ocorridos entre 13 e 23 de outubro. Ao todo, 105 cidadãos russos foram vítimas, incluindo 20 mortos, entre eles uma criança e 85 feridos, sete menores. Os incidentes incluem ataques de drones a áreas residenciais, veículos e fábricas, que resultaram em mortes e ferimentos de civis.

Segundo Zakharova, diversos mercenários que atuam ao lado do regime de Kiev vêm de países como Geórgia, Lituânia, Noruega e Israel e são procurados pela justiça internacional. Os soldados capturados na província de Kursk receberam penas de 14 a 15 anos, enquanto um acusado de torturar e assassinar uma civil, além de seu familiar que tentou defendê-la, recebeu prisão perpétua.

A porta-voz ainda destacou que representantes do regime de Kiev se reuniram em Bruxelas em 15 de outubro para tratar da compra de armas e apoio militar europeu, mostrando-se "absolutamente" indiferentes à situação dos civis, vistos apenas como "um instrumento" no conflito.

"Não é o rosto, mas o focinho do regime terrorista e neonazista de Kiev. Tudo tem uma punição", afirmou Zakharova, reforçando que a Justiça russa continuará a condenar os envolvidos.