O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (23) que o país responderá com firmeza em caso de ataques do regime de Kiev com armas ocidentais de longo alcance no interior do território russo diante da insistência da Ucrânia em obter os mísseis de cruzeiro americanos Tomahawk, algo que até agora o governo de Donald Trump tem rejeitado.
Perguntado em coletiva de imprensa sobre os sinais contraditórios que chegam dos EUA sobre o uso de armas de longo alcance pela Ucrânia e as constantes ameaças do líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, o presidente russo afirmou que se tratam de "uma tentativa de escalada".
"Mas se tais armas forem utilizadas para atacar o território russo, a resposta será muito séria, para não dizer esmagadora", declarou.
A questão dos Tomahawks
Aprender a utilizar os mísseis Tomahawk leva pelo menos seis meses e os Estados Unidos não vão ensinar militares de outros países a usá-los, declarou na quarta-feira (22) o presidente americano, comentando sobre a possibilidade de entregar o armamento à Ucrânia.
"Portanto, a única maneira de lançar um Tomahawk é se nós mesmos o lançarmos, e não vamos fazer isso", afirmou Trump.
Em 6 de outubro, Donald Trump não descartou a possibilidade de Washington fornecer mísseis Tomahawk à Ucrânia, afirmando que já havia "mais ou menos" tomado uma decisão sobre o assunto.
Mais tarde, em 12 de outubro, o chefe da Casa Branca indicou que enviar mísseis Tomahawk a Kiev seria "um novo passo de agressão".
- A Rússia tem afirmado repetidamente que não existe uma "arma mágica" capaz de mudar o curso do conflito ucraniano. Da mesma forma, o Ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, enfatizou que o envio dos Tomahawks "simplesmente infligiria danos colossais às perspectivas de normalização das relações entre Rússia e EUA e de romper o impasse absoluto ao qual o governo Biden as levou".