Preço do petróleo bruto dispara após sanções dos EUA contra duas gigantes petrolíferas russas

O mercado global se preparava para um excedente de petróleo, mas a iminente ameaça de interrupções do fornecimento russo provocou uma explosão de mais de 6% nos preços, frustrando as expectativas.

O preço do petróleo sofreu um forte aumento após o anúncio de que as grandes petrolíferas russas Lukoil e Rosneft foram incluídas na lista de sanções dos EUA.

No dia anterior à decisão do Departamento do Tesouro americano, a bolsa fechou com o barril Brent cotado a 61,32 dólares. No entanto, às 06h07 (GMT) desta quinta-feira (23), o preço subiu para 65,03 dólares, representando um salto de mais de 6%.

De acordo com a Bloomberg, o mercado global se preparava para um excesso iminente de oferta de petróleo, mas a nova ameaça de interrupções no fornecimento russo abalou essa expectativa, fazendo com que os preços disparassem.

Mercados de energia abalados

A agência destaca que a imposição de sanções contra a Lukoil e a Rosneft foi avaliada pelo ex-presidente dos EUA, Joe Biden, nos últimos dias de seu mandato, mas que sua administração decidiu abandonar a ideia "por medo de alterar o mercado de energia global e provocar um aumento nos preços do petróleo".

Donald Trump classificou as sanções contra a Rosneft e a Lukoil como "colossais", mas acrescentou que espera que elas "não durem muito" e diz ter esperança de que o conflito ucraniano seja "resolvido".